É tudo ponto de vista!

Ora aqui está um exemplo bem concreto do que quero ilucidar.
Antes de mais, espero que não percorram o este post até a próxima fotografia. Isto até parece aquela porcarias que vêm em Powerpoint para se fazer um jogo. De facto não é um jogo, mas digamos que um desafio a que depois chegaremos juntos à conclusão que eu quero que cheguemos. Bora lá?

Comecemos, como é óbvio, do princípio!
Quando passei esta foto para o meu computador, resolvi fazer uma estatística. Coloquei-a no meu msn e resolvi apontar as reacçãos do pessoal à perspectiva da foto.
Imagine-se avaliando a foto, o que se poderá ter pensado, fantasiado, idealizado.
Pois foi isso mesmo. O leque de respostas foram inúmeras, variadas, sendo a maior parte de cariz sexual. Claro que é natural que as pessoas tenham a tendência a escarniar qualquer que seja a fotografia.
Eu também devo admitir, caso não soubesse, que sou um dos participantes da foto, iria sugerir que esta foto poderia ser um preliminar de algo mais "penetrante"!
Ahahahahaah!

Mas aí está o grande problema das pessoas (calma que não vou aplicar uma missa de censura, pelo contrário!).

As primeiras deduções que fazemos relativamente a uma foto (interprete-se foto, a uma situação qualquer, que criamos uma imagem, uma ideia, um julgamento de alguém, um pressuposto) em regra geral, são aquelas deduções que queremos ler. Não estou a dizer que as leituras, e no caso desta foto, que as pessoas me fizeram, são umas taradas, mas que me deram um conteúdo divertido, isso foi. Isso é bom, pois quando recebia os comentários, sabia que as pessoas que me comentavam, estavam a ser engraçadas, sem serem mal intencionadas.

Isto é um ponto que queria salientar.

Quando não nos é facultado nada mais perante os nossos olhos, poderemos criar as tais ilações mais variadas a uma fotografia. É como num quadro, em que eu posso ver uns respingos de tinta jogados para um canvas qualquer e outra pessoa ao meu lado, discute o ângulo de curvatura da tinta ao tocar na tela, em que esta transmite o estado de espírito do artista. Sim, isso é arte!!

Para mim o verdadeiro "leitor de uma tela pintada" é aquele que é capaz de identificá-la como uma pintura respingada por um gajo, que lhe deu uma breca e resolveu fazer bilu bilu com o pincel, e ao mesmo tempo, termos o discernimento de estudá-la, fitá-la, aplicar o seu bom senso e descobrir que efectivamente o que aparenta nem muitas vezes é. Todo o carinho debruçado na tela, os traços previamente estudados, os tons, e depois o quadro em geral com a mensagem bem implícita!

Por isso é que eu digo que não se deve fazer pré-concepções de nada. Nem mesmo se deve esperar nada.

Normalmente vemos a fotografia somente pelas primeiras deduções, ou então, pelo que nos influenciam a interpretar a fotografia, da mesma forma como a pessoa quer que a vejamos. Mas isso não basta.

Irremediavelmente algumas deduções tornam-se tão erradas da realidade. Subjectivamos tudo de tal forma que mesmo que não seja a mais correcta, acreditamos que seja. E isso tá mal!

Eu prefiro aguardar por uma oportunidade de ver esta foto pela frente! Digamos que é a outra perspectiva. E caso seja necessário, mais uma perspectiva e mais outra e mais outra.

Indubitavelmente o método mais eficaz, e no caso da foto, é perguntar aos intervenientes. É a forma mais justa. É curioso, porque foi isso que aconteceu, pois após as piadas de cariz sexual, cómico ou brincalhão em relação à foto, perguntavam-me efectivamente para explicar a foto.

Daí que então procedia à etapa seguinte e mostrava a foto do outro ângulo. (comprove-se também na foto, o "fotógrafo" que tirou fotografias da nossas rectaguardas! Obrigado Vitor, se não tivesses feito esta brincadeira, não teria a foto que necessitava para se complementar com esta! Sim, eu não sabia que eles estava lá de flash em punho para as nossas "cahcadas").

Apartir daqui já se pode deduzir o que representava a foto anterior.

De uma situação, tanto se pode fazer um filme, ou então, quando estamos devidamente informados, concluímos que é uma curta metragem.

Isto é o problema de todos nós! Somos "empranhados" pelos ouvidos, com os "ouvi dizer que" e fazemo-nos donos do martelinho num Tribunal.

Temos de ter o discernimento, a maturidade, a experiência (de vida) que poderemos nos enganar acerca de algo, alguém. É sempre bom ver pelo menos duas perpectivas numa fotografia. E se não conseguimos isso, nada mais justo, que perguntar aos participantes da fotografia.

Assim é que deve ser.

Claro que existem aquelas pessoas que mesmo com tudo à frente dos olhos, preferem deduzir à sua maneira, mas essas dispenso de as conhecer. Podem já apanhar o desdobramento!

Errar é de facto humano, isso é inquestionável.

Mas admiti-lo, isso sim, considero uma grande virtude!

Isso vale pontos!