quinta-feira, março 01, 2007

Leiam

Hoje cometerei um plagio do tipo copy paste na íntegra.
Como ainda não nado muito bem nas águas dos HTML e piripipi's da net, tornou-se muuuuito mais fácil usar a ferramenta fantástica do copy paste.
Gostava que lessem.
Não tentem depois fazer copya paste do meu...
hehe

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A mentalidade que nos arrastará para o buraco

“Portugal é um pais geométrico: Tem problemas bicudos, discutidos em mesas redondas por bestas-quadradas.”

Um post acerca do nosso país, mais propriamente do típico perfil do português e da influência que este tem no triste estado em que Portugal se encontra.
Podíamos esperar mais de um país mesmo apesar de ter sido criado por um gajo que andou à porrada com a mãe…
A esmagadora maioria dos portugueses só quer sol, futebol, novela... Quer sempre “um jeitinho”, “um descontozinho”, “uma cunhazinha”, uma fuga às regras, o “filhinho doutor”, o caminho mais fácil para qualquer coisa e chorar quando nada disso consegue obter. É nisso que se baseia a mente do típico português.
“Ai, a vida está difícil!”, “Ai, a crise é do pior.”, “A culpa disto tudo é dos políticos.”, “Ai, minha nossa senhora!”; ai, ai, ai… A lista de lamúrias estende-se atingindo dimensões colossais. Triste povo Sebastianista!
Somos forçados a admitir que temos razões para nos queixarmos: temos uma economia cada vez mais degradada, uma política que vai de mal a pior, incompetência por tudo quanto é lado, um ensino que é uma palhaçada, um sistema de saúde doente, estamos quase sempre em último nas listas de tudo quanto é bom na U.E. (índices de produtividade, de desenvolvimento, etc.), em primeiro nas listas de tudo quanto é mau, mas acima de tudo: uma mentalidade de merda. O português nunca quer saber mais (“Ai, o conhecimento é para os intelectuais, eu tenho é que ver a novela da noite”), nunca quer nada que dê trabalho por muito proveitoso que esse trabalho lhe possa vir a ser. Quer obter as tempestades sem semear os ventos, ir contra as obrigações, escapar, fugir, chorar. As regras por vezes não prestam, mas se ninguém as seguir cairemos no caos, o que é pior. Se todos seguissem o modelo de vida do típico português, em três meses estaríamos com um nível de desenvolvimento igual à Etiópia. Pois claro que depois Portugal se queixa. A culpa está dentro de cada um de nós e ninguém o quer admitir, é sempre dos outros. Eu admito que também tenho culpa, será assim tão difícil?
E alguém me explica de onde vem toda esta tristeza do povo? O medo de rir, da felicidade? Será que se deve ao desaparecimento, ou melhor, MORTE (para quê ocultar a verdade) do rei D. Sebastião? Ao regime de Salazar? A um masoquismo doentio presente na mente de muitos dos típicos portugueses? Ao facto de termos um país que apesar de pequeno é capaz de invejar muitos grandes países, seja por localização geográfica, beleza, variedade de paisagens ou recursos? (Ponho de parte, é claro, a mentalidade do português que não tem praticamente nada de invejável.) Por que carga de água é que a nossa nação é regida pelas frases “Muito riso pouco siso/juízo” ou “Quem muito ri ou é louco ou quer casar.”? Haverá algum mal em não andarmos sempre “de trombas”? Haverá algum bem em reprimirmos aqueles que não andam sempre “de trombas” e que por vezes fazem mais do que muitos tristes que por aí andam? Pois claro que há! Bem vindos a Portugal! Bem vindos ao paraíso (da tristeza). (Espero que tenham compreendido a ironia…)
Talvez estejamos sempre tristes por ver a vida a passar sem se fazer a ponta de um corno.
Não deixa de ser hilariante observar quem são os membros considerados como “alta sociedade” no nosso país. Como é que alguém pode deixar que pessoas sejam ícones só porque pertencem ao Jet7? (Um breve comentário acerca da importância e influência que o jet7 e todas aquelas mentes iluminadas que descobrem que “Estar vivo é o contrário de estar morto.” sem usar uma máquina calculadora ou que se tornam ídolos por assumirem comportamentos “animalesco-paneleiros” em reality shows de famosos exercem na minha vida: … Pronto já está. Sobre eles limito-me a escrever umas reticências; os mais atentos compreenderão porquê.) E porque é que aqui deixamos que um fulano nos obrigue a tratá-lo por doutor mesmo que não tenha qualquer curso, seja um ignorante, um Zé-ninguém? Porque carga d’água vemos enxames de gente supostamente formada que na verdade não passam de ignorantes? Não tenho nada contra os ignorantes, atenção! Muitos deles podem ser bons em coisas que uma pessoa culta nem se atreve a fazer. Mesmo que sejam ignorantes e que nada saibam fazer, podem sempre servir de maus exemplos. Apenas digo que os que são ignorantes não se devem passar por gente esperta. Qual é a ideia de termos um autocolante a dizer “Sou um gajo fino” colado na testa e termos uma cultura e inteligência ao nível de uma beterraba?! É preferível ter-se um autocolante que diga “Sou burro mas sei fazer alguma coisa” e sermos burros respeitados por sabermos fazer algo. Mas não! Não nos podemos esquecer de que o português que sempre o “filhinho doutor” e que o “burro que sabe fazer alguma coisa” tem menos prestígio do que “o falso-inteligente que é burro e conseguiu ludibriar todos para obter um estatuto de gente culta”. Triste jogo que é a vida. Interessa é o diploma pendurado na parede, o conhecimento vem por acréscimo – é para os intelectuais, é para os outros. Muitos dos males vêm daí. Depois admiramo-nos que temos políticos corruptos (que obtêm o cargo devido a uma lista de motivos, na qual não se encontra o mérito próprio; que se estão a cagar para se o país sai ou não da crise, o que importa é que já têm uma reforma gordinha, um “tacho” muito mais cedo que os que trabalham diariamente, com tantos por aí que se preocupam pelo país e tentam chegar à política mas sem sucesso – o lugarzinho está reservado para o Sr. Chulo que vem chular o país), engenheiros e doutores por todos os lados. “As obras são para os ucranianos, os portugueses têm é que ser todos doutores e ir para o desemprego.” Desgostoso…
Abordando então outro foco. A neofobia (medo daquilo que é novo) está ainda muito presente no povo. (“Ai, eu não gosto nada das novas tecnologias”; “Meu Deus, Nossa Senhora, não percebo nada de computadores nem quero perceber!”) Felizmente, ela concentra-se principalmente nos patamares mais antigos da sociedade, nas gerações mais novas, verifica-se talvez o contrário. Podemos então pensar “Boa! Então o futuro da pátria está em boas mãos! Está nas mãos de gente que gosta de inovação, é disso que precisamos!”. Porém, tal ilusão não está totalmente correcta. Observemos então a frase dita por uma típica adolescente, na qual está entregue o futuro de Portugal: “Ai VoU jAh kOmpRaR o novUH CD doX morangUx e vEr a rEpetixão dO epIxodioH de OnteM doX mowaNguX PaRah xer maIx umAh vitiMaH faXil dEh maIx uMah extratEgiAh de mArkeTinG, xo pOrkE aX minHAx AmiGaX dixEm K e FixeH!! tiPoUh, XkrEver AxiM da uM trabalHaoh du carAlhU MAX como é FixEh… TEM k xEr…toDaH a Genteh xKreVeH aXiNhe, xE nauM xkreVo ToUh fdidAH!”. Para quem me considerou machista, então vejam a do típico jovem português do sexo masculino: “Tipo, é assim: Eu tou-me a cagar pa escola só porque se o fizer tenho um aspecto de rebelde, apesar de saber que ela é importante na minha vida. Mas que se foda porque eu quero é ser doutor para ganhar dinheiro e poder ter um carro todo quitado como os das revistas de tunning. Depois vou finalmente poder comer chavalas do 8º ano. Prontos”. A mente dos jovens tem alguns dos problemas que estão presentes nos patamares etários superiores corrigidos mas é ainda bastante vulnerável ao que lhe é imposta pelo exterior, fácil de manipular. A juventude segue uma mentalidade que lhes é embutida no cérebro. Se ao menos fosse uma boa mentalidade… Mas não é. O país vai ainda vai sofrer muito à custa disso.
Há muito mais a dizer, mas isso fica para um outro post. Além do mais, este post já está demasiado grande para que um típico português se dê ao trabalho de ler, já que ler é para os outros. Podem me culpar de também não fazer nada para melhorar o estado do país mas antes de o fazerem pensem se já fizeram algum texto para avisar a população do perigo que corremos. Se pensarem que isto que fiz for apenas queixar-me e culpar os outros, é porque não compreenderam o objectivo do texto. Apenas desejo que saiamos deste buraco sem fundo em que estamos metidos se temos possibilidades para o fazer. Tempo de mudar.

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Eis a nossa cruz "tuga". Esta é a nossa identidade, onde eu também por algum parâmetro ou outro, considero-me incluído.
Arremato com uma frase que estou completamente de acordo:
“Errar é humano. Culpar os outros, chorar, e não fazer nada, é português.”

5 comentários:

Nuno Vrrruummmm disse...

sei que é grande...mas arranja-se sempre um tempinho livre :Þ

e.t. disse...

NEm mais! Este post, este texto que retiraste de algures mete bem os dedos nas feridas deste país e desta gente que nele habita.
Tal como tu, como todos nós, incluo-me e verifico em mim alguns dos erros apontados nesse texto. Claro que em muitos outros não me consigo enquadrar, mas no fundo, no global da população, esse texto serve mesmo bem para descrever este nosso Portugalito...que diga-se...já merecia um pontapé no CU! Há muita gente que devia acordar para a realidade...uma realidade que até não é assim tão dificil de se percepcionar.
Sim senhor, fizeste um copy-paste (coisa muito rara neste blog, segundo me quer parecer), mas foi um copy-paste com toda a razão de ser! Muito bem senhor Motinha, assim é que é! Com a quantidade de gente que visita este blog, ainda deve haver uns quantos (tal como me aconteceu) que ficam a pensar nisto, nestes aspectos todossss.

Hugzzzz my frienduu =)

Mar disse...

hoje ao "desfolhar" paginas na net deparei-me com o teu blog :) devo dizer que ainda bem que fizeste este copy paste, de facto a nossa mentalidade e o pretenso "fado" que é a nossa vida, nada mais é que aquilo que criamos e nos lamentamos diariamente. Prefiro o sol, o mar e a lua :) parabéns pelo blog e pela excepcional música :) já esta nos meus "favoritos".

Continua no bom caminho :)

Anónimo disse...

Ufa, custou chegar ao fim :P mas tá muito bem escrito e espelha muito bem a realidade portuguesa. Já foram os tempos em que partíamos em naus para descobrir o mundo. Somos um povo melancólico, comodista, preconceituoso e cego. Gosta de viver à grande e à francesa sem poder, é capaz de não pagar uma (2 ou 3) prestações da casa/carro para poder ir de férias para o Brasil ou outro destino exótico. Depois vê-se a braços com penhoras e com dívidas pelo pescoço. Queixam-se dos impostos mas não são capazes de se dar ao luxo de separar o lixo, devidamente, para evitar o agravamento de 20% na conta da água. Felizmente há excepções mas não são suficientes para mudar a mentalidade colectiva dos tugas. Realmente só escapam as belas paisagens deste país e a comidinha porque, de resto, o futebol é sinónimo de corrupção, os políticos são sinónimo de mentirosos e aldrabões, a religião são sinónimo de exploradores e materialistas (faz o que eu digo mas não faças o que eu faço), a banca ... bem essa prefiro não "sinonimizar", lol. As novelas...bem, essas têm de ser feitas porque senão a tx de desemprego subiria exponencialmente e, apesar de tudo temos bons actores. Apesar de não ter nascido em Portugal orgulho-me muito de ser português pela nação que já foi em tempos, pelas pessoas que tentaram levar Portugal até bem longe e engrandecer o SEU NOME. É o país dos meus pais, avós, trisavós,... lá fora fomos lutadores, muitos fizeram fortuna à custa de muito trabalho, alguns foram explorados, outros nem por isso. O que importa é que devemos tentar mudar as coisas. Somos os portugueses de amanhã por isso comecemos hoje mesmo a mudar a nossa mentalidade.
Não custa nada, o que mais custa é dar o primeiro passo.

Nuno Vrrruummmm disse...

eu voto juannnn para o "senhor presidente da região óttónoma da madeira"!!
Bravo, disseste/complementaste muito bem.
É isto que se espera... tanto de ti, de mim, e de muuitos outros "ti's"
;)