Aprende-se...e prossegue-se
Não sou mesmo adepto de filmes de comédia. Não sou, e pronto! Para ir ao cinema e ver algo do género, nisso, sou muito exigente. Ou é um filme-comédia com algum conteúdo ou então leva com o meu carimbo reprovado!
Rir é um bom exercício natural, mas não será por deixar de ver determinado(s) filme(s) que afectará o endurance da minha vida!
Há outras oportunidades para se rir.
Mas, como o ditado assim o diz, pela boca morre o peixe, fui bem fisgado!
Ia com a ideia de ir ver um outro género de filme(o Filme chama-se Terapia do Amor), onde participavam a carismática Uma Thurman e uma das matriarcas do cinema Meryl Streep... mas o que vale é que acabou por ser de comédia e foi uma hora e tal bem disposta e enriquecedeora.
Já repararam que até em termos de: filmes, melodias, canções, obras de arte, há sempre uma partícula comum em todas elas?... o amor love l'amour!
Este filme apresenta-nos de uma forma hilariante o AMOR com a tal pitadinha Generation Gap.
Como é amar alguém 14anos mais novo? ou é pior essa pessoa amar alguém 14anos mais velha (hummm, percebe-se o que tentei perguntar?!?!).
Aqui existe a tal Generation Gap.
Ama-se aos 23, aos 37, aos 52...
Ama-se diferente! Será?
O que eu sinto é que não se ama melhor quanto mais avançada a idade, mas pelos calos da vida, sabemos identificar determinadas situações que nos preparam para ocasiões futuras. Eu acho que no Amor, aprende-se...e prossegue-se.
E amar alguém mais novo...mais velho? Que tem?
É de facto mais complexo do que parece.
A nossa maneira de estar na vida aos 20 é diferente aos 30, quanto mais aos quarenta? Mas sendo nós trintões ou quarentões e se a vida nos presenteia com alguém de 20's? Não há futuro? Teremos relações com prazo de validade?
Tenho uma amiga (com 32anos) que me disse um dia assim: "Eu? Jamais andarei com putos! Para mim da casa dos trinta para cima";"Imagina o que é estar com meu namorado no café e o tema de conversa é falar do(s) Teste(s) de Matemática que tanto cabulou, e que até julga que terá um 16 embora não percebesse um cú daquilo, que tem depois ir para a casa de um amigo, pois finalmente acabaram de fazer o download da internet daquele jogo de porrada para irem todos jogar no computador";"ou aparecerem as invejosas das pequenas da idade dele e abordarem com aquelas conversas do tipo Ragazza SuperPop Sweetsixteen que mais me apetece carregar num botão EJECT para elas todas desaparecerem!" ; "Não... não é para mim"
Ainda cheguei a pedir-lhe essa varinha de condão e utilizar uns abracadabras a ver se me saía alguma coisa, mas não fui muito exigente, só pedia "gostar de alguém e ser gostado" ;)
O engraçado é que essa minha amiga também morreu pela boca , embora ela me diga "é um puto, mas já com cabecinha de 30". Ahaaahahahah!
P.S: A varinha de condão está avariada!
Ai o Amor aos 25, o Amor aos 38, o Amor aos 50!
Eu quero o Amor e chega. Eu até chamo o gugu-dadá Amor.
Quer eu tenha a idade que tenha na altura, quando me acerta a tal seta e vejo a (tal) pessoa rasga-se-me um sorriso como um bebé faz quando brincam com ele.
Mais,... naqueles momentos de brincadeirinhas tontas cuchi-cuchi que ambos (namorados) fazem, é como quando mudam as fraldas ao bebézinho e ele fica todo esfusiante e a guinchar, esperneando enquanto passa-lhe uma brisa fresquinha à espera da mamã passar pó talco no rabichol.
Ficamos tristes quando nos despedimos do nosso "amorzinho" e só vemos amanhã (tanto tempo!!) qual bebé choramingosa logo que a põem no berço para nanar e ela ainda pede mais colo!!
É isso, o gugudadá! :)
Ao ver o filme aprendi que vou aproveitar realmente o(s) momento(s). Vou tentar agir de forma diferente, deixar de pensar muito no assunto(vide blog anterior Pensa-se).
Nada de fazer planos, pois até aqueles que são para serem realizados daqui a 5minutos podem ser gorados, e ficamos frustrados! Não vou pôr fasquia! Quero ser surpreendido ;) Sentir um arrepio, ficar sem palavras, gugudadá, nada mais! Não serei exigente!
Chega de pré-destinos. Não me venham falar que o nosso destino está traçado. E que se não resultou, é porque o destino assim o quis! São justificações utópicas que funcionam como pseudocalmantes do coração!
Quero tudo, mas não espero nada!
Muita gente (aqueles que gostam das comédias côr de rosa) poderão se questionar com um fim daqueles, mas já estava à espera que tal acontecesse. Aprendeu-se e prosseguiu-se!
Não vou comentar o fim do filme, pois convém verem, mas concluo com isto:
Por muitas voltas que a vida dê, quando ambos nossos olhos se encontrarem, sentiremos que tivémos algo em comum. Eu quero ter esses momentos. Quero sentir naquele micromilionésimo de segundo que nossos olhos se complementarão, nossas memórias se fundirão numa só e que fiquemos a pensar um para o outro e confirmando com o olhar semi-cerrado...sim...há momentos que foram nossos...de mais ninguém!
E esses...NINGUÉM OS TIRA!